2016-07-04

A culpa é do jardim.


Em um fatídico momento as suas borboletas coloridas partiram.

Partiram levando meu sorriso com elas,
Partiram deixando a lembrança do calor dos teus abraços,
Partiram  levando a luz que seu sorriso trazia aos meus dias,
Partiram deixando a dúvida de que para quem devo gritar, 
Partiram levando a certeza da teoria escrita na minha pele,
Partiram deixando a lembrança de momentos que sempre sonhei viver.

Partiram e com elas o sentido de existir tempo longe de você,
Partiram ficando a certeza que eu posso quase tudo, menos ter você pra mim.

A culpa não é das suas borboletas, elas passaram dias sobrevoando o meu jardim, jardim este que estava sem cor, jardim que já não floria mais, jardim que vivia em um eterno outono.

A culpa é do meu jardim.

Tenho convicção que borboletas tão belas e coloridas jamais achariam abrigo em terras tão secas e sem cor.
Desculpa por ter ofertado solo tão ruim para seu pouso.
Hoje, peço que os ventos da gratidão guiem suas borboletas pelos os mais belos caminhos.

Eu,  vou cuidar do meu jardim para que quem sabe um dia suas borboletas voltem a sobrevoar e trazer cor a este jardim árido que me tornei.